Geladeira - a saga parte I

E foi com uma baba verde escorrendo pelo canto da boca que eu disse para o gerente da loja Ricardo Eletro que eu só queria a minha geladeira conforme o prometido. E foi com sangue nos olhos que eu disse que se ele não me entregasse dentro do prazo eu ia arrancar o fígado dele querer meu rico dinheirinho de volta. E foi com fumaça saindo do meu nariz que eu reclamei da relação pseudo-aquariana-maquiavélica-drumondiana que existe entre os vendedores que juram o prazo e os consumidores de coração aberto que acreditam neste juramento. E foi quase rosnando que eu recebi o pessoal da Ricardo Eletro hoje, depois do prazo estipulado por eles. "Olha dona, tá aqui a sua lavadora e o seu fogão. Tem geladeira para ser entregue para a senhora hoje não". E foi como um cão enfurecido, sem vacina anti-rábica, que eu botei os dois para correr do meu apartamento. Poxa gente, é difícil assim fazer uma mulher feliz? Eu só quero trocar um xameguinho com a minha geladeira nova, brincar de pique-alturinha, dar um beijinho de boa noite... Poxa gente, é difícil? Tô aqui pensando se ainda tenho um taco de baseball nas tralhas da garagem...

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ps: enquanto escrevia este post o gerente me mandou um sms (sim, tenho o celular e até o endereço da casa do caboclo) dizendo que na sexta-feira, 09/01/10, minha melhor amiga, ops, geladeira, será entregue. Aguardem as senas (#bysashameuanjo) do próximo capítulo.